Eu só queria por um dia - um dia no tempo deste mundo - andar pelas terras de Nárnia. Sentir o frescor da primavera e ouvir as músicas encantadoras dos faunos. Queria sentir o doce dos rios transparentes e poder caminhar entre as árvores que fazem suas trilhas nas florestas.
Eu nem precisava ser coroada rainha, mas se pudesse provar um pouco daquele manjar turco, estaria satisfeita. Conhecer aquelas montanhas que escodem magias nas suas cavernas e velejar pelos mares até o fim do mundo. Poder ver as estrelas mais brilhantes que falam e participar do delicioso banquete na mesa do Rei.
Queria sentir medo e coragem em cada batalha e destruir todos aqueles que destroem a minha terra. Lutar ao lado dos mais corajosos reis e rainhas e montar no centauro mais cruel e doce que existe. Consigo por um segundo sentir o cheiro do ar de Nárnia, aquele cheiro doce de pureza e magia que não se encontra em lugar algum.
Eu gostaria de ver a belesa ímpar da rainha verde, mesmo que fosse para destruí-la. E queria encontrar os gigantes que parecem doces só para dizer-lhes que humanos não são comestíveis. E mesmo que fosse o mais pavosoro possível, eu desceria até o submundo para salvar o filho do rei que quase chegou em Além Mar.
Eu também abraçaria com todo carinho do mundo o rato mais fofo e corajoso que Nárnia já teve e entraria na casa encantada do mestre Coriakim só para ler o feitiço que "refresca o espírito"
Depois eu iria atráz do paulama Brejeiro para dizer-lhe que ri muito com sua frases contraditórias de pessimismo e coragem.
No fim do dia - e tenho certeza que isso aconteceria - eu encontraria a Juba dourada e pura que me salvou em todas as batalhas. E não poderia pedir qualquer coisa mais, pois nada mais seria suficiênte perto Daquele que me salvou.
Postar um comentário