Olá filho de Adão e de Eva.

Seja bem vindo ao meu Guarda-Roupa Encantado!
Posted domingo, 25 de setembro de 2011 by Adriana Cecim

Eu só queria por um dia - um dia no tempo deste mundo - andar pelas terras de Nárnia. Sentir o frescor da primavera e ouvir as músicas encantadoras dos faunos. Queria sentir o doce dos rios transparentes e poder caminhar entre as árvores que fazem suas trilhas nas florestas.
Eu nem precisava ser coroada rainha, mas se pudesse provar um pouco daquele manjar turco, estaria satisfeita. Conhecer aquelas montanhas que escodem magias nas suas cavernas e velejar pelos mares até o fim do mundo. Poder ver as estrelas mais brilhantes que falam e participar do delicioso banquete na mesa do Rei.
Queria sentir medo e coragem em cada batalha e destruir todos aqueles que destroem a minha terra. Lutar ao lado dos mais corajosos reis e rainhas e montar no centauro mais cruel e doce que existe. Consigo por um segundo sentir o cheiro do ar de Nárnia, aquele cheiro doce de pureza e magia que não se encontra em lugar algum.
"Como é doce o ar de Nárnia"
Eu gostaria de ver a belesa ímpar da rainha verde, mesmo que fosse para destruí-la. E queria encontrar os gigantes que parecem doces só para dizer-lhes que humanos não são comestíveis. E mesmo que fosse o mais pavosoro possível, eu desceria até o submundo para salvar o filho do rei que quase chegou em Além Mar.
Eu também abraçaria com todo carinho do mundo o rato mais fofo e corajoso que Nárnia já teve e entraria na casa encantada do mestre Coriakim só para ler o feitiço que "refresca o espírito"
Depois eu iria atráz do paulama Brejeiro para dizer-lhe que ri muito com sua frases contraditórias de pessimismo e coragem.
No fim do dia - e tenho certeza que isso aconteceria - eu encontraria a Juba dourada e pura que me salvou em todas as batalhas. E não poderia pedir qualquer coisa mais, pois nada mais seria suficiênte perto Daquele que me salvou.

Sentimento contraditório

Posted quinta-feira, 22 de setembro de 2011 by Adriana Cecim
Ela voltou. Está aqui de novo. Em uma dosagem pequena ela faz bem, mas em grande quantidade não é nada agradável. Pelo menos não ao meu coração. Alguns dizem que ela aproxima as pessoas, que é um ótimo remédio aos casais em crise. Outros que ela pode ser destruidora ou acabar com um relacionamento. Confesso que ela tem me ajudado a pôr algumas certezas na minha vida. Contudo, isso tem me feito chorar, e a dor, as vezes, é insuportável.
O irônico - e ouso até dizer engraçado - é que ao mesmo tempo que ela cura, ela fere. Mas não é uma ferida no corpo ou na pele - o que seria até menos doloroso - é uma ferida na alma. E ninguém pode (cientificamente falando) curar a alma.
Eu odeio que ela seja diretamente proporcional as lembranças boas. Porém até entendo, porque o que é bom não se esquece, e se não se esquece, lá está ela de novo. Acho que vou ter que aprender a conviver com isso, e as minhas lágrimas já estão até se acostumando com a liberdade fora dos meus olhos. O que me deixa feliz é saber que ela, também, é sinônimo do amor, e se tem amor, tudo é melhor. Só espero - e peço isso de corpo e alma - que ela não destrua muito meu coração. Porque, as vezes, é isso que a saudade faz.