Olá filho de Adão e de Eva.

Seja bem vindo ao meu Guarda-Roupa Encantado!

A magia do sorriso.

Posted terça-feira, 26 de julho de 2011 by Adriana Cecim
Sou fascinada por sorrisos. Acredito na magia que cada sorriso traz as nossas vidas. É impossível ver uma criança sorrir e não sorrir junto. Ver pessoas, que perderam tudo, com um sorriso no rosto e não ficar emocionada com isso. Não acredito que rir com facilidade torna uma pessoa boba, acredito que rir do que nos faz bem seja uma forma de mostrar ao mundo que há mais coisas boas do que se pode imaginar, e que é melhor sorrir do que ficar triste.
Sorrisos mudam o mundo. Fazem famílias serem reconstruídas; transforma situações ruins em coisas boas; fazem com que as pedras no caminho sejam pequenas demais para doerem nos pés; transformam brigas em situações divertidas; evitam tragédias; fazem os pensamentos destrutivos se tornarem carinhos inesquecíveis; tornam doces as lágrimas.
Como diz Rita Ribeiro: "Verás a riqueza que o sorriso traz. Se as portas estão fechadas elas vão se abrir. Sorri para o escuro, ele vai clarear."
Não há quem resista a magia de um sorriso sincero.  

E de repente acontece.

Posted segunda-feira, 25 de julho de 2011 by Adriana Cecim
É incrível, que com o tempo você vai se surpreendendo com algumas coisas e deixando de acreditar em outras. Passamos a conhecer pessoas que nem imaginávamos que existiam e deixamos algumas que pensávamos ser para sempre.
De repente acontece. É surpreendente como algumas pessoas entram em nossas vidas do nada, sem parecer ter motivo algum, mas mais na frente você percebe o quanto sua vida mudou por causa de uma ligação, de uma conversa no facebook ou de retiro em um fim de semana. E estas mesmas pessoas, que nos conhecem em apenas alguns dias, parecem ter uma intimidade de um milhão de anos. Porque o tempo é muito traiçoeiro. Eu me arrisco a dizer - e acredito nisso - que nada acontece por acaso. Porque tudo tem um sentido, uma direção, um motivo.
Não conheço muito desse mistério do que acontece de repente, eu ainda me encanto com o rumo que, as vezes, a minha vida toma, ou tomou. Conheci pessoas que mudaram minha história e outras que, mesmo não tendo passado muito tempo presente, me ensinaram coisas extraordinárias que vou levar para sempre. Tive "amigos" que passavam todos os dias comigo e parecia que nada nos separaria, mas descobri que nem tudo aquilo que parece ser é, verdadeiramente. Chorei com isso, mas aprendi com Guimarães Rosa que "o que tem de ser tem muita força", e já não choro mais.
Não sei o que vai acontecer daqui para frente. Não sei como essas pessoas que conheço de repente vão interferir no meu caminho, mas espero sempre o melhor, mesmo que agora não pareça, pois tudo o que acontece, mesmo sendo ruim, tem um lado bom.
Eu acredito no melhor das pessoas. E vai ser sempre assim.

Minha fértil imaginação. (Redação que fiz no cursinho)

Posted quarta-feira, 13 de julho de 2011 by Adriana Cecim
Abriu os olhos, estava só. Procurou, mas não havia ninguém em casa, nem nas ruas, nem em lugar algum. "Estranho", pensou ela. Tudo estava abandonado, frio, escuro. Seus olhos, em constante movimento, procuravam alguém, um sinal de vida. Tinha passos largos e apressados, quase que corria; sem rumo, com lágrimas nos olhos. Não entendia o porquê de tudo estar daquele jeito. Era o seu mundo, mas não o mesmo. Conhecia bem o seu bairro: era alegre e movimentado, com vizinhos cortando a grama e crianças brincando de pique-esconde. Agora parecia que todos haviam se escondido dela, ou ela de todos. Estava confusa, não sabia onde estava. Era seu bairro, não era. Onde estaria todo mundo? Sumiram?
Sentia-se só e abandonada, como uma criança de rua largada, sem entender o porquê das pessoas a rejeitarem. Sentou-se na beira da calçada fria e, com a garganta engasgada a espera de um choro, pediu: "Socorro, alguém me ajude". Foi aí que ela o viu, com flores nas mãos andando em direção a sua casa e com uma expressão triste, muito triste. Ela gritou: "Amor, amor", mas ele não ouviu. Então ela correu ao seu encontro esperando que ele a olhasse, mas ao chegar perto foi como se estivesse esbarrado em uma parede de concreto invisível. E repetiu a tentativa mais algumas vezes. Foi inútil - é claro - ela não podia tocá-lo. O acompanhou até em casa e, ao chegar, todos haviam aparecido. Estavam tristes, se cumprimentando e chorando. Viu seus pais encostados em cima de alguma coisa preta e comprida. Estava embassada, como algumas pessoas dali. Sua mãe chorava muito e seu pai perdera a felicidade. Também não conseguia os tocar. Resolveu então olhar melhor para o negócio embassado e, como em um susto repentino, deu um pulo para trás. Ela correu, sufocada pelo choro e desesperada como quando se corre sem rumo, por causa de algo perdido. Abriu a porta do quarto e se jogou na cama: contraiu os músculos, agarrou-se ao travesseiro, enfiou nele a cabeça, mordeu os lábios sufocando o grito mais profundo: "Isso não pode estar acontecendo comigo".
Estava morta.